quarta-feira, 27 de abril de 2011

De Angband, das masmorras frias, para a luz de Valinor...

Existem coisas... pessoas... sentimentos.... que simplesmente merecem ser relatadas em poesia. Porque não há outra forma para relatá-las; ao menos não uma que eu conheça. E eu não sei se eu devia postar isso... Mas... Como diz a descrição do blog, a poesia não deve ficar escondida nas profundezas de um disco rígido...

12-27 / março / 2011

Nos versos livres de um skald
Palavras voam, como penas
E, como flautas ao luar,
Ecoam, vivas, sobre as terras

Tal igual um skald antigo
Irei em versos escrever
Pra expressar o que eu sinto
E, por que não?, agradecer

Por, pelo acaso ou pelo destino
Ter tido a chance de te encontrar
E descobrir não ter perdido
A capacidade de amar

Pois, mesmo não correspondido,
Tal sentimento me guiou
De Angband, das masmorras frias
Para a luz de Valinor

Ele nasceu inesperado,
Um canto ao alvorecer
E, como uma flor no campo,
Guiado pela sua voz, cresceu

Cresceu pelo prazer de ter crescido,
Ter se tornado parte do meu ser
Pois poderá este amor ser esquecido?
Nas areias do tempo, irá esvaecer?

Momentos de tristeza foram poucos;
Momentos de euforia tive mais
E desde a primeira vez que eu te vi, aquela noite,
O som da sua fala e o sorriso no olhar -
Meu sentimento se manteve sempre forte,
Estremecer as suas bases nenhuma força foi capaz.

A nossa amizade, pura, verdadeira -
Que mais um simples skald irá querer?
E confiança mútua, tão simples, derradeira
Que, como uma estrela, eu vi nascer, crescer...

O tempo - será pouco? Mas é também eterno
Pois há momentos - dias, meses - que não se pode esquecer
Aquela dança; e as longas horas de conversa
Sentado ao seu lado, olhando o céu escurecer...

Momentos imortais me deram força na fraqueza
No desespero - ânimo, luz na escuridão
De Angband, das masmorras negras, da frieza
Guiaram-me por trilhas para deixar a dor

Guiaram-me; aonde? - Dizer não sei ainda.
Pois deverão as trilhas ter sempre um final?
Mais que o fim, o que importa é o caminho
E este, com certeza, foi o melhor que há.

Caminho sem um fim - só sendo verdadeiro,
Consigo mesmo, e com o que é seu.

E, mesmo que houvessem erros,
Escolhas que era melhor não fazer,
Acima de tudo, eles foram sinceros...
E isso é tudo que posso escrever.

...

Dizer não sei se estas rimas
Puderam tudo expressar
Pois mesmo skalds em tempos idos
Em versos nem sempre souberam passar

Aquilo que homens e deuses sentiram,
E a amizade invicta, imortal
Mas que outras formas teremos pra isso,
Se meras palavras são poucas demais?...

terça-feira, 5 de abril de 2011

I have to leave...

Some songs just deserve to be translated. It made me cry the first time I heard it, and it made me cry again and again and again.
There are many version of this songs on the Web. This versions shows what this song is about even to one not versed in Russian. And below is an attempt to translate it...
http://www.youtube.com/watch?v=klvD9R7dLyQ&feature=related

The swinging trees
A silver river flowing down
Along the stream
A boy is walking with his gal
They walk alone
their steps becoming ever slow
Along his cheak
A sudden tear from nowhere flows


I have to leave
The boy said in the midst his tears
But wait for me
I promise, soon I'll be back here
And so he left; 
And without meeting his first spring
He came back home. 
Inside a darkened soldier grave.


His mother cries
His father's standing like a shade
How can this be?
He's just a little boy to them
And, oh, how many
Of them, whose live had just begun
Returned back home
Inside their graves, so cold and dark.


He, just like you
Walked with his girl on moonlit nights
He gave her flowers
And sang her songs on his guitar
And even when
He fell upon the cold white snow
With his own blood
He wrote her name upon that snow 


The wind will blow
The fumes away from shattered lands
That girls of his
Already has another friend
The girl who said,
Who promised she was going to wait
The spring arrived
The name upon the snow did melt


The swinging trees
A silver river flowing down
Along the stream
A boy is walking with his gal
They walk alone
Their mind is filled with spring and joy
Along her cheak
A sudden tear from nowhere flows


I do not want,
I do not want to live like this
I simply can't
I simply can't forget him, nay
And so she left
To where the tides are ever warm
She found a place
To be with him who loves her so.


I drink for those
Who now have only twenty years
I drink for those
Who left and are no longer here
All those who left
And without meeting their first spring
Returned back home. 
Inside their cold and darkened graves.